quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um novo símbolo para novos tempos

Não tenho escrito aqui com a frequência que gostaria. Então, ao menos, compartilho o que acabei escrevendo para o Blog do Estadão, a convite do Pedro Chiamulera, CEO da Clearsale.

Pedro escreve semanalmente e, nesta semana, quis contar a novidade do espaço de formação que avança na empresa. Na realidade, as novidades são muitas. Tenho procurado registrar, ao máximo, as ações concretas, mas sobretudo as reflexões sobre elas, que demonstram o que eu havia prometido ao inaugurar esse blog: o mundo corporativo também é capaz de ser um espaço de formação e afetividade (confesso que muitas vezes me deparo com uma abertura maior do que a que experimentei em escolas e universidades...). Mas esses registros têm ficado em meu Diário, como matéria prima do próximo livro, que já se esboça: o terceiro da trilogia das Rodas. Acabei contando o segredo. Mas, é o mínimo que eu poderia fazer após tanto silêncio por aqui.

Voltando à novidade do espaço formativo da Clearsale (e já se vão 3 anos e meio de ações e reflexões por lá!), foi lançado um novo logo que melhor o expressasse. Tantas mudanças (agora são quase 600 colaboradores fazendo Rodas semanalmente!) pediram um novo símbolo.

A matéria segue abaixo, mas incluo o link que dará acesso às demais publicações do Pedro: http://blogs.pme.estadao.com.br/blog-do-empreendedor/o-poder-de-um-simbolo/

O poder de um símbolo

13 de maio de 2013
 
Pedro fala sobre a origem do grito de guerra da empresa


Há duas semanas falamos sobre a nova marca da ClearSale e sobre o slogan Liberdade para Vender. Hoje vamos falar da marca de nossa cultura, que originou-se de um grito de guerra para compartilhar importantes momentos na empresa: UAH!  A UAH é o meu grande T!esão dentro da empresa e uma fonte inesgotável de aprendizado tanto pessoal quanto profissional. Um grito que surgiu da necessidade de um sentido maior na vida da atividade profissional.  Para comemorar esta importante virada convidei a Cecilia Warschauer, Dra em Educação pela USP, para explicar o significado da nova marca da UAH. A Cecilia idealizou o modelo de rodas em rede de autoformação por meio de seu método Roda&Registro. Segue abaixo o seu texto juntamente com uma poesia de sua autoria:

“Confesso minha surpresa e alegria no momento em que conheci as propostas para o novo logo, feitas por especialistas em Comunicação. (Valeu Gabriel Madeira!) Sim, vocês conseguiram expressar algo na imagem que as palavras tinham dificuldade de dizer! E quando tentamos falar da UAH, precisamos de muitas! É esse o poder de um símbolo: expressar sinteticamente algo da dimensão do invisível. E, no caso, foi especialmente feliz o resultado do logo, por conseguir aglutinar tantos elementos que fazem parte do nosso Ambiente Formativo, chamado UAH.



O formato lembra uma Mandala, que tem a capacidade de expressar, numa unidade, as diversidades, dualidades, contradições e dilemas que fazem parte da vida de cada um, dos grupos, das sociedades. Portanto, também da formação humana.  Já falamos sobre isso na Semana de o Empreendedorismo Criativo de 2012, que teve os vários dilemas como eixo condutor das Rodas de conversa. Continuamos falando sobre isso no cotidiano de nossas Rodas na Clearsale. Rodas que movimentam a UAH.

Essa Mandala (que também parece estar em movimento) é formada por balões – que bem poderiam ser vistos como os ‘balões de fala’ das histórias em quadrinhos.  E este é o elemento básico da rede de formação e desenvolvimento pessoal e profissional da UAH: a conversa. As conversas propiciam o encontro de pessoas, sujeitos, que lutam para sair de sua condição de sujeitados, ao expor e analisar os diferentes pontos de vista, e seus conflitos e contradições, tomando consciência de sua própria, e inseparável, subjetividade: sua maneira única de pensar, sentir e agir, fruto de uma história de vida, também única. Se por um lado somos sujeitados à nossa subjetividade, por outro, podemos minimizar seus efeitos negativos quando tomamos consciência dela, o que é possível quando entramos em contato com outras subjetividades, conhecendo outros pontos de vista, daqueles que nos olham de fora. E é esse olhar que nos ajuda a crescer “de dentro para fora”, por mais paradoxal que possa parecer, e nos ajuda também a ser.



Dos encontros, confrontos e reflexões, individuais e coletivas, surgem as intersubjetividades e, com elas, também a possibilidade de libertação do que parecia um dado imutável. Há um mar de possibilidades. Há várias brechas. Criam-se as intersecções de pontos de vista quando há a criação de soluções novas, não pensadas por ninguém individualmente. Surgem novas cores! É o que aparece no logo da UAH quando os balões – ou as órbitas do pensamento individual – se interceptam: amarelo, laranja, vermelho e roxo. E assim nos aproximamos do centro. Do local do encontro. Do coração. Da fonte dos afetos, onde, acredito, está o verdadeiro poder. O poder de (trans)formação”.