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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Aprender, sempre!

Vou pegar carona do blog do Pedro, de novo. Na nossa Roda de hoje (Roda semanal dos sócios da Clearsale), voltamos a tratar do desenvolvimento das pessoas, tendo mais alguns insights para aprimorar o crescimento de todos. Não é fácil. A diversidade de interesses e objetivos de vida é enorme. O que nos coloca grandes desafios. Mas é daí que vem a energia para criar. Também na semana passada, esse foi assunto da pauta e propus que cada um escrevesse o que aprendeu na empresa com as várias oportunidades de formação que permeiam as atividades de trabalho: no ambiente formativo, batizado de UAH.

No post de hoje, no Estadão, Pedro divulgou o texto que o Mauro (um dos sócios e também diretor de duas áreas) escreveu. Às vezes sou bem "chata", confesso, e insisti para o Mauro fazer um registro detalhado e com exemplos. É emocionante acompanhar tão de perto as aprendizagens de cada um. E também as minhas, pois nessa Roda eu me incluí e parei para refletir, registrar e pude partilhar o que tenho aprendido e me transformado nesse processo com as várias Rodas na empresa. Um dia eu conto! Hoje vamos ficar com o Pedro e o Mauro.

A arte de ir em frente sempre. Como pessoa e profissional
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 1 de julho de 2013
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 A transparência inerente às redes sociais que inspirou as pessoas nos protestos nas ruas também afeta a dinâmica dentro da empresa, conforme falamos no último post.  Assim como as pessoas protestam como cidadãos, elas também explicitam o seu lado profissional.  Nesta nova dinâmica, os líderes devem cultivar ainda mais a cultura do diálogo e  principalmente uma maior disposição para o seu próprio aprendizado pessoal. Com o diálogo e a interação com o outro temos mais chances de nos perceber também como pessoa.
Mas qual é este aprendizado? Crescemos pessoalmente quando quebramos algum paradigma próprio,  aumentando a nossa própria percepção e a do entorno.   Crescimento no respeito para o contexto das pessoas, para a emoção que permeia as relações humanas e principalmente a vivencia de valores presentes na subjetividade de cada pessoa em seus diversos papéis na vida.  Enfim, aumentar a nossa sensibilidade do contexto.
Para discutir mais sobre este incrível tema do aprendizado pessoal, trago abaixo em destaque o texto de Mauro Back, meu líder e sempre inspirador chefe escoteiro, que é nosso diretor de TI e da gestão da UAH (ambiente formativo na ClearSale):
‘Todo profissional é uma pessoa e uma parte importante da pessoa é o profissional. Dada esta verdade, na Clearsale adotamos a tese de que a pessoa não deve abandonar seu lado pessoal quando entra na empresa, mas deve, dentro deste ambiente, viver seu lado pessoal de forma simbiótica para si e para a empresa.
Diante do exposto, é natural que no processo formativo das pessoas se discuta não só o crescimento profissional, mas também o pessoal.
A ideia que me vem quando penso que em crescimento pessoal é que ele é um “crescimento para mim”. Embora isto possa parecer um tanto egoísta, deixa de sê-lo quando assumimos que voltar-se “para o outro” é fundamental para desenvolver o “para mim”.
Tradicionalmente, sempre que se pensa em educação, e no nosso caso educação corporativa de adultos, os “currículos” centram-se no saber. Nas escolas e faculdades, o currículo é uma sucessão fixa de disciplinas com ementas definidas que essencialmente concentram-se na aquisição de conhecimentos e habilidades. O foco é saber algo, como saber matemática, ou saber fazer algo, como saber programar um computador ou saber tocar um piano.
Ocorre que o desenvolvimento pessoal é muito pobre quando se centra apenas no saber. Na Clearsale definimos então “5 Ss” para dar integralidade ao crescimento das pessoas. Os três primeiros “Ss” abrangem subjetividade (capacidade de perceber a si mesmo e superar comportamentos condicionados), sensibilidade (capacidade de perceber os outros em profundidade e também os fatos e todas as coisas) e sociabilidade (capacidade de conviver harmonicamente e contribuir para grupos de pessoas de todas as dimensões). A arte é um componente forte de desenvolvimento da sensibilidade e quem toca um instrumento musical sabe que o saber tocar não é suficiente, mas que a verdadeira emoção da música vem da sensibilidade que acompanha a execução.
O quinto S é o meu favorito; sabor, a capacidade de ser feliz e que também é algo que se pode desenvolver, focando primeiro nas alegrias do dia a dia, mas também na felicidade conquistada pela realização de objetivos pessoais de mais longo prazo.
Todos os “Ss” contribuem com o desenvolvimento pessoal, mas o exercício da profissão tem realmente uma ligação profunda com o saber. Entretanto é fato sabido que muitas vezes as pessoas perdem os empregos não por falta de saber, mas por aspectos comportamentais. Desta forma fica evidente que com o desenvolvimento pessoal a empresa também tem muito a ganhar e que o desenvolvimento profissional, onde o ganho da empresa é mais evidente, também é desenvolvimento pessoal, porque também é “para mim”. Particularmente, como exemplo, são mais evidentes estas afirmações quando olhamos mais profundamente para um processo de desenvolvimento de líderes.
Posto isto, passo a relatar uma experiência pessoal onde poderia ser dito que “tudo conspirou para meu próprio desenvolvimento”, não fora eu uma pessoa com tendência para atribuir tais fenômenos sempre ao acaso.
Quando entrei na Clearsale fiz uma dinâmica, com a Dra. Cecília Warschauer, denominada “brasão”, onde expressei esteticamente e simbolicamente uma série de questões sobre mim mesmo. Neste brasão apontei como ponto forte minha capacidade de liderança e formação de times. Em contrapartida, paradoxalmente, em outra parte do brasão apontei como ponto fraco minha capacidade de desenvolver as pessoas do time.
Esta era uma deficiência que sentia de longa data. Nas empresas onde passei, deixei-me afogar pelas urgências e sempre me sentia recorrentemente angustiado com falta de tempo para o importante.
Por outro lado desenvolvi verdadeira ojeriza por reuniões, de tal forma minha experiência imposta com reuniões inúteis me traumatizou. Desta forma, para conseguir realmente produzir, criei uma estratégia modificando minha sala de trabalho, eliminando as famigeradas mesa e cadeira de gerente ou diretor e transformando a sala numa sala de reuniões, sem nenhuma reunião recorrente, mas com dezenas de microrreuniões, convocadas na hora, com as pessoas pertinentes para resolver o problema do momento.
Entrando na Clearsale repliquei este modelo, que realmente tem virtudes, mas não soluciona tudo, e encontrei estabelecida a metodologia de Roda & Registro da Dra. Cecilia, como alicerce no desenvolvimento das pessoas. Se uma roda não é uma simples reunião, com certeza implica em reunir as pessoas e isto vinha contra meu “uso e costume”. Por outro lado, não reunir é realmente absurdo se pesarmos que queremos desenvolver equipes e pessoas.
Unindo tudo isto, enfrentei minha antiga angustia e instituí o dia do importante. O dia para acompanhar meus gerentes e especialistas, suas metas e seu desenvolvimento. O dia para ser um líder de verdade, focando as funções mais nobres do líder, o resultado e desenvolvimento das pessoas. Neste dia passei a fazer a roda com meus gerentes e especialistas e começamos por refletir o tipo de líderes que queríamos para a TI da empresa, as habilidades que este líder tem de ter, um diagnóstico do nosso time no sentido comportamental e também técnico, uma estratégia para aumentar a sinergia na TI, o plano de desenvolvimento individual de cada líder e assim por diante.
Pude aprender, na prática, que as rodas podem e devem se encadear como um corrente crescente de crescimento pessoal e do time.
Paralelamente, em uma roda dos sócios da empresa, com mais alguns diretores, passamos a aprofundar a habilidade de gestão do tempo, com base na nossa experiência compartilhada e também com base em saberes disponíveis no mercado. Isto reforçou minha certeza da importância de ter o dia do importante ou o tempo reservado para o importante.
Por fim, tendo aquele brasão esquecido, mas guardado com carinho no armário, certo dia emprestei minha sala para a Cecilia fazer a dinâmica do brasão com duas pessoas da minha equipe. Normalmente eu deveria sair, porque sempre algo de muito pessoal sai da dinâmica, mas as pessoas disseram que eu ficasse, porque havia espaço para eu trabalhar num ponta da mesa enquanto eles faziam a dinâmica e também, com certeza, porque confiam em mim.
Prometi então, no final, mostrar o meu brasão esquecido e quando o fiz, vi que tudo estava lá, a angústia original e o problema, que penso já evolui na solução, tanto na prática, quanto dentro de mim, o que com certeza é o mais difícil.’
Obrigado Mauro! Linda a teoria e principalmente o exemplo do teu crescimento pessoal! E assim em rodas e registros acolhendo as pessoas com  transparência buscamos um ambiente auto formativo que traga além da felicidade pessoal um grande ganho profissional. Vamos em frente sempre!


  

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

E a Roda ganha as ruas...

Realizar Rodas é um desafio. São vários os obstáculos. Desde a coragem para se expôr e confiar nos colegas para trocas profundas, conseguindo, por exemplo, dar idéias que podem ser consideradas 'bobas', àqueles ligados à nossa resistência a mudanças, seja de membros da equipe, com as acolhidas e despedidas, seja pelas novas demandas e estruturação da empresa. Há também dificuldades de garantir um tempo sistemático para refletir e pensar junto, num cotidiano sempre carregado por tarefas, metas a cumprir, problemas urgentes a resolver.

Como se não bastasse, também pode faltar espaço! É o que temos vivido na empresa, por crescer com grande velocidade. Há três anos, quando comecei com as Rodas na Clearsale, não éramos 100. Hoje somos 500.

Mas ao acreditar nas Rodas como caminho de desenvolvimento pessoal e maneira de melhorar as performaces individuais e do grupo, é possível encontrar soluções e enfrentar os vários desafios e obstáculos, juntos! Ser parte de uma equipe que se ajuda a enfrentar os mais diversos problemas é um prazer e um privilégio que não têm preço. Tem sido um grande prazer poder contribuir com a criação desses ambientes formativos na empresa.



sábado, 29 de setembro de 2012

Bordar a vida... em Roda

Quando escrevi, em 2001, o livro Rodas em Rede - oportunidades formativas na escola e fora dela, pretendia aprofundar e ampliar o uso das Rodas e Registros para além dos muros da escola. Parti para o mundo corporativo. Mas não imaginava que as Rodas também seriam sistematizadas como processos de formação, acolhimento e arte como na ACTC (Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente Cardíacos e aos Transplantados do Coração).

"No caso da ACTC, a roda uniu-se ao bordado, privilegiou outras leituras e propiciou uma catarse de experiências. Ela se tornou uma expressão artística, agora presente no cotidiano de mulheres que nunca imaginaram tudo isso ser possível. Registrar é deixar marcas. Marcas que retratam uma história vivida.
Os bordados das mães são registros coloridos e criativos, que transbordam a força do encontro com outras culturas e os valores e a interioridade de cada um, sem tempo ou data de validade" (pág. 55).

No belíssimo livro, lançado neste ano, encontramos um registro da história da instituição que estruturou um trabalho com as mães das crianças e adolescentes, hospedadas na ACTC, durante o tratamento de seus filhos. Escrito por Ana Augusta Rocha e Cristina Macedo, e ilustrado com os bordados feitos pelas mães, que registram suas histórias de vida, o livro emociona.

Fica aqui o convite para conhecer mais esse trabalho, seja pelo livro, seja com uma visita à ACTC.




segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Roda da Vida



Minha ligação com meu pai era especial. Tivemos por 50 anos nossas "Rodas de dois”, com muita troca, ensinamentos e aprendizados. No início, ele me dava suporte e sempre dizia “filha, lembre-se sempre: você não está sozinha no mundo”. E não estava. Durante anos conversávamos sobre as nossas aulas, sobre o mundo, sobre Educação. Foi ele que me incentivou a fazer o Mestrado como maneira de pesquisar o que tinha vivido com as classes de 4ª série e que resultou no livro A Roda e o Registro. A parceria prosseguiu. No final, pude cuidar dele, criando condições para que usufruísse a vida. Mesmo doente, ele continuou ensinando, pela maneira como vivia as dificuldades, com sua simplicidade e grandeza, generosidade e alegria. Ele partiu há 2 meses.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Formação on-line

É com enorme prazer que anuncio o lançamento da "Formação on-line para educadores"! (mais informações no link da coluna da esquerda, abaixo de meu perfil)

Após anos de dedicação ao mundo corporativo, "reinventando a Roda" para esse contexto, posso voltar aos educadores com um olhar enriquecido.

Tenho avançado com a atuação nas empresas. Além da formação individual de executivos na modalidade coaching, iniciei a "Roda dos gestores de Roda", viabilizando a propagação da metodologia para um número maior de gestores, influenciando a cultura da empresa.

Esses dois contextos - Educação e Trabalho - têm muito a contribuir um com o outro. A Educação é para a vida e, portanto, também para o Trabalho. Por outro lado, não dá para pensar em trabalho sem formação continuada: que formação é necessária a cada momento? E que tipo de educação escolar pode acompanhar as transformações, velozes e radicais, do mundo, inclusive as do mundo do trabalho?

A proposta de "Formação on-line para educadores" trará novos elementos para esse debate. Futuramente teremos a versão da "Formação on-line para o mundo corporativo".

Divulguem!

domingo, 8 de agosto de 2010

As Rodas também combinam com TI

A Clearsale é uma empresa da área de TI (Tecnologia da Informação) que tem investido intensamente no desenvolvimento de seus colaboradores. Com essa finalidade, proporcionam atividades com diferentes linguagens artísticas (pintura, fotografia, música...) e estão introduzindo as Rodas em vários departamentos. Trabalhar com as pessoas, em seus vários aspectos não é fácil e, volta e meia, surgem os conflitos. Paradoxalmente, são eles que nos tem ajudado a avançar, tanto do ponto de vista individual quanto das equipes, rompendo paradigmas.

Estamos coletando o material desse processo para produzir um Registro a ser divulgado futuramente e dar acesso aos resultados obtidos de uma maneira mais ampla.

Por ora, fica aqui um gostinho do que criamos: A Universidade da Assertividade Humana (UAH), que congrega vários processos parciais num amplo processo de formação humana e técnica, adaptado ao negócio e às características da empresa. No vídeo abaixo é possível ver o ciclo de formação com as "5 estações".




O processo de formação se inicia com atividades de acolhida. Seguem-se as estações "Aprender Fazendo", baseada na aprendizagem pela experiência direta e "Aprender Crescendo", que tem foco na formação humana. É aqui que as linguagens artísticas são usadas como canal de expressão e há o desenvolvimento de valores e integração da empresa como um todo. Em "Aprender Trocando", casos reais e outros temas são levados às Rodas de conversa, onde a troca de pontos de vista e experiências acontece.

Há também uma inovação no que se refere ao processo de avaliação: em vez de provas de certificação, esta é feita através dos resultados do próprio trabalho. Não é isso que comprova que a aprendizagem foi efetiva?